sábado, 10 de maio de 2014

Chances de 2º turno em eleições para presidente deste ano aumentam, diz Datafolha

Os resultados apontados pelo Datafolha colocaram combustível no voo do tucano em Alagoas, onde Aécio se reuniu com representantes do setor industrial

Jairo Costa Jr, com agências (jairo.junior@redebahia.com.br)





Foram apenas quatro pontos percentuais, mas o crescimento do presidenciável mineiro Aécio Neves apontado pela nova pesquisa do Datafolha deixou animado o ninho tucano. Principalmente por indicar aquilo que ainda não havia entrado no radar do instituto em seus últimos levantamentos: a possibilidade de segundo turno na corrida presidencial de outubro.
Segundo os números do Datafolha divulgados ontem, a presidente Dilma Rousseff (PT) oscilou um ponto percentual a menos, em comparação com a última pesquisa, divulgada em 4 de abril. Foi de 38% para 37%, variação dentro da margem de erro do instituto, de dois pontos, para mais ou para menos. Já Aécio saiu de 16% para 20%, enquanto o  ex-governador pernambucano Eduardo Campos (PSB) foi de 9% para 10%.  

Contabilizadas as intenções de votos dos candidatos de partidos nanicos - grupo cujo ranking é liderado por Pastor Everaldo (PSC), com 3% -, a soma de todos os presidenciáveis alcançou 38%, um ponto a mais que o índice obtido pela presidente. Descontada a margem de erro, o levantamento do instituto aponta que, se as eleições fossem hoje, Aécio e Dilma seguiriam sozinhos no segundo tempo da disputa pelo Planalto.
Repercussão 
Os resultados apontados pelo Datafolha colocaram combustível no voo do tucano em Alagoas, onde Aécio se reuniu com representantes do setor industrial. “O que tenho dito em relação a pesquisas é que há um indicador nesse momento que é relevante, apontado em todas as pesquisas:  74% da população quer mudanças. E mudanças profundas”, disse.  
Líder do PSDB na Câmara, o deputado federal baiano Antonio Imbassahy afirmou que o resultado do Datafolha sinaliza insatisfação com a administração petista. “Aécio é o candidato da mudança. A pesquisa deixa claro que há um cansaço geral e descrédito em relação ao governo Dilma. A reação do país está cristalina nas pesquisas”, avaliou Imbassahy.
Apesar do crescimento, Aécio preferiu dar maior destaque aos números ligados à sua principal rival na corrida. “Não acho que esses (o aumento da intenções de voto do tucano) sejam ainda os indicadores mais relevantes, porque o nível de conhecimento dos candidatos é muito pouco isonômico. Você tem uma presidente que tem 100% de conhecimento e outros candidatos, por não terem disputado uma eleição nacional, tem (índices de conhecimento) muito menores”, analisou.
Terceiro lugar 
A avaliação do tucano sobre o índice de conhecimento dos candidatos contra o PT foi ao encontro das declarações de Campos. O pré-candidato do PSB minimizou, ontem, outro dado apontado na pesquisa: o que mede o índice de conhecimento. Entre os três principais nome da disputa, o pernambucano aparece na rabeira no quesito. 
Segundo o Datafolha, apenas 7% disseram conhecer “muito bem” o presidenciável do PSB. Em segundo, vem Aécio, com 17%. Já Dilma obteve 52%. “Nem iniciou ainda a fase de maior divulgação”, disse Campos, argumentado que o período de campanha ainda não começou, com o horário eleitoral e os debates.
Efeito Lula 
O Datafolha também posicionou o ex-presidente Lula na pesquisa. O quesito onde o líder petista aparece mais bem posicionado diz respeito aos nomes com maior capacidade de gerar mudanças. Entre os políticos sugeridos pelo Datafolha, Lula é visto como o mais preparado para realizar mudanças no Brasil por 38% dos entrevistados. O segundo lugar é ocupado por Aécio (19%), seguido por Dilma (15%) e Campos (10%). 
O movimento que se iniciou nas últimas semanas, informalmente batizado de “Volta, Lula” e encampado por setores da sociedade e da classe política, também encontrou respaldo na opinião da população, segundo informações divulgadas ontem pelo instituto. “Para 58% dos entrevistados, o candidato do PT à Presidência da República em 2014 deveria ser Lula, 19% avaliam que deveria ser Dilma, 18% acreditam que nenhum deles deveria ser o candidato do PT, e 5% não opinaram”, informou o texto divulgado ontem pelo Datafolha.
No levantamento sobre os índices de rejeição, há um equilíbrio entre os três principais candidatos ao Planalto.  A presidente Dilma é rejeitada por 35% dos brasileiros, que disseram não votar nela de jeito nenhum no primeiro turno. O índice é próximo ao de Campos (33%) e Aécio (31%), considerando a margem de erro. Já Lula obteve a menor rejeição entre os nomes consultados - apenas 17%. Na comparação com abril, as alterações nos índices de rejeição ficaram dentro da margem de erro.
Avaliação 
O Datafolha mediu também a aprovação ao governo Dilma. Em maio, os percentuais se mantiveram no mesmo patamar registrado em abril, considerando a margem de erro, com oscilação de 36% para 35%. O grau de variação foi registrado ainda entre os que desaprovam (de 25% para 26%) ou avaliam o governo da petista como regular (de 39% para 38%).

Fonte: Datafolha / Correio da Bahia.

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