sábado, 12 de julho de 2014

Com 'rixa' entre treinadores, Brasil e Holanda se despedem da Copa do Mund

Depois de ser atropelado pela Alemanha, Seleção Brasileira precisa erguer a cabeça para conseguir pelo menos o terceiro lugar (Foto: AFP)
A seu modo, o Brasil preparou a festa e recebeu os convidados. A seu modo, o Brasil foi curtindo e ficando na festa. Então, de modo irreconhecível, o Brasil foi humilhado antes da festa acabar, na frente de todo mundo. Ficou no bagaço. Assim, resta à Seleção Brasileira encarar a Holanda hoje, às 17h, no estádio Mané Garrincha, em Brasília, na disputa pelo terceiro lugar. Lateral Janmaat e atacante Van Persie estão na equipe holandesa que vai tentar decepcionar ainda mais o torcedor brasileiro (Foto: AFP) Do lado verde e amarelo, é preciso superar, ao menos por 90 minutos, a lembrança do massacre por 7x1 para a Alemanha na semifinal. Do lado laranja, é preciso encontrar entusiasmo depois de perder a vaga na final nos pênaltis. “Acho que esse jogo nunca deveria ser jogado. Digo isso há 10 anos. Em qualquer torneio de futebol, principalmente nas etapas finais, não se deveria ter de passar por isso. Só há um prêmio, que é a taça”, disparou o técnico holandês Louis van Gaal, que já queria ter ido embora depois da semifinal contra a Argentina. Cara a cara Como Van Gaal teve que ficar, a partida entre a Laranja que azedou e o Canarinho esbagaçado vai colocar bem perto dois treinadores que passaram o Mundial inteiro se espetando a distância. Ainda na fase de grupos, o holandês reclamou de um suposto beneficiamento ao Brasil, que estava no Grupo A e, mesmo assim, jogou a última rodada depois das seleções do Grupo B, em que estava a Holanda. Segundo Van Gaal, a Seleção Brasileira teria a chance de “escolher” seu adversário nas oitavas. Depois de ser atropelado pela Alemanha, Seleção Brasileira precisa erguer a cabeça para conseguir pelo menos o terceiro lugar
Lateral Janmaat e atacante Van Persie estão na equipe holandesa que vai tentar decepcionar ainda mais o torcedor brasileiro (Foto: AFP)
 Luiz Felipe Scolari não gostou e elevou o tom. “Tem gente dizendo que a gente vai escolher adversário. Para quem fala isso, eu falo: ou as pessoas são burras ou mal intencionadas”. Dias depois, quando a Holanda venceu o México nas oitavas com um gol de pênalti aos 48 minutos do segundo tempo, Felipão afirmou que a marcação - equivocada, na sua opinião - foi para “uma certa equipe que desconfiava de favorecimento ao Brasil”. Ontem, confrontado com os termos “burro” e “mal intencionado” utilizados por Scolari, Van Gaal foi mais polido. “Eu sempre me atenho aos fatos. E o fato foi que o Brasil começou jogando primeiro e depois jogou a partida decisiva da primeira fase depois de nós. Na semifinal, novamente os brasileiros jogaram antes. A pergunta é: Por quê? Scolari precisa pensar nisso”. A rusga entre os dois não é de agora. Começou em 1995, quando o Grêmio dirigido por Felipão perdeu nos pênaltis o Mundial de Clubes para o Ajax de Van Gaal - o brasileiro reclamou muito da arbitragem. E hoje, qual dos dois vai chiar mais? Saberemos logo, logo.

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