segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Vale e siderúrgicas pressionam e Bovespa fecha em queda; Petrobras sobe 1%


SÃO PAULO, 10 Fev (Reuters) - O principal índice da Bovespa fechou em baixa nesta segunda-feira, pressionado por ações de mineradoras e siderúrgicas, com investidores vendo poucas razões para comprar em um dia esvaziado de indicadores e depois de duas sessões de alta. O Ibovespa caiu 0,75 por cento, a 47.710 pontos, tendo recuado mais de 1 por cento na mínima. O giro financeiro do pregão foi de 6,8 bilhões de reais, inflado pela oferta pública de aquisição de ações da empresa de medicina diagnóstica Dasa, que movimentou 1,79 bilhão de reais. Na semana passada, o índice registrou sua primeira alta semanal do ano, mas agentes financeiros viram poucos motivos para continuar na ponta compradora e também para atrair investidores estrangeiros. "Nas últimas semanas teve bastante saída de recursos e isso acabou pesando de maneira geral. Por mais que tenha havido alguns repiques, com a bolsa voltando um pouco e batendo os 48 mil pontos, ainda há um receio muito grande sobre os próximos movimentos macroeconômicos", disse o operador de renda variável Dionatan Severo, da Quantitas Asset Management. O mercado operou nesta segunda em clima de cautela à espera do discurso da nova titular do banco central dos Estados Unidos, Janet Yellen, na Câmara dos Deputados norte-americana na terça-feira, que pode dar pistas sobre o futuro do programa de estímulos da instituição. No cenário corporativo, as ações das siderúrgicas Usiminas, Gerdau e CSN puxaram o Ibovespa para baixo, ao lado da mineradora Vale, em meio às expectativas em relação aos dados da balança comercial da China -- maior destino das exportações brasileiras--, que serão divulgados nesta semana. A ação da Souza Cruz também caiu, depois da fabricante de cigarros ter divulgado seus resultados. "No quarto trimestre, a empresa conseguiu um forte incremento na receita, por conta do aumento das exportações de fumo. No entanto, o aumento não se traduziu em ganhos na rentabilidade, em função do aumento dos custos", afirmaram analistas da Planner em relatório. No sentido oposto, a preferencial da Petrobras subiu mais de 1 por cento, minimizando maiores perdas do Ibovespa. A preferencial da Oi subiu 2,7 por cento, diante de expectativas sobre uma injeção de capital na operadora de telecomunicações. Nesta segunda, a Oi afirmou que um grupo de instituições "intermediárias nacionais e internacionais de primeira linha deverá assumir compromisso para subscrição de 6 bilhões de reais" no aumento de capital da empresa. O valor se soma aos 2 bilhões de reais anunciados anteriormente como parte do processo de união com a Portugal Telecom. (Por Priscila Jordão)

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