quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Dilma diz que sistema elétrico do país deve ser à prova de raios


BRASÍLIA/RIO DE JANEIRO, 6 Fev (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff reafirmou nesta quinta-feira que o sistema elétrico brasileiro precisa ser à prova de raios, de acordo com o ministro da Comunicação Social, depois que o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp, apontou uma descarga elétrica como possível causa do apagão desta semana. Um grupo técnico começou a estudar nesta quinta-feira O que teria provocado os dois curto-circuitos em linhas de transmissão que levaram a um apagão de energia em diversos Estados do país na terça-feira, e um relatório conclusivo deve ficar pronto em até 15 dias. "Uma das hipóteses é descarga elétrica", disse o diretor-geral do ONS ao ser abordado por jornalistas quando saía da sede da autarquia, se referindo à possibilidade de um raio ter atingido o sistema. No fim da tarde desta quinta-feira, o ministro da Comunicação Social, Thomas Traumann, disse a jornalistas que a presidente Dilma reafirmou sua declaração de 27 de dezembro de 2012 de que "o sistema elétrico brasileiro necessariamente precisa ser à prova de raios". "O Brasil é um dos países de maior quantidade de raios do mundo, o sistema elétrico brasileiro foi montado para ser à prova de descargas elétricas, com uma gigantesca rede de para-raios", afirmou o ministro. "Se raios foram realmente responsáveis pela queda no fornecimento de energia na última terça-feira, cabe ao ONS apurar se os operadores estão mantendo adequadamente sua rede de para-raios." Há informações de que descargas elétricas foram detectadas perto de uma das linhas afetadas pelo curto-circuito. "Os técnicos estão fazendo uma releitura dos equipamentos, se houve dano ao isolador, verificam porque o raio provocou o curto e se foi um raio", disse Chipp. "Só daqui a 15 dias (vamos saber), quando acredito que o relatório deve ficar pronto", adicionou. Mais uma vez, Chipp descartou a possibilidade de falha humana ou mecânica para o apagão dessa semana. "Mas pode ser que o curto tenha sido provocado por outros fenômenos. Falha humana está descartada", frisou. (Por Jeferson Ribeiro, em Brasília; e Rodrigo Viga Gaier, no Rio de Janeiro)

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