Presidente italiano deve pedir a Renzi que assuma como premiê

ROMA, 15 Fev (Reuters) - O presidente da Itália deve convidar Matteo Renzi, jovem líder da centro-esquerda, para se tornar o mais jovem primeiro-ministro do país neste final de semana depois de uma revolta partidária que forçou Enrico Letta a se demitir do cargo de premiê do país que se esforça para sair da recessão. Letta se demitiu na sexta-feira, depois que a liderança do Partido Democrático (PD, na sigla em italiano) o forçou a sair e abrir caminho para Renzi, de 39 anos, que promete reformas econômicas ousadas e um governo que possa sobreviver até 2018. O presidente Giorgio Napolitano espera completar uma rodada de consultas com partidos à noite e pode convocar Renzi, secretário do PD e atual prefeito de Florença, logo depois para formar um governo, disseram fontes do partido. Depois de receber um mandato do presidente, Renzi terá que acertar um acordo com o pequeno partido Nova Centro Direita, cujo apoio o PD necessita para comandar uma maioria no Parlamento da terceira maior economia da zona do euro. A agremiação, que se afastou do ex-premiê e bilionário Silvio Berlusconi no ano passado, descartou políticas sociais liberais que Renzi advoga, como a união civil de gays, e quer uma fachada de centro-direita clara no governo. Renzi, cujo PD é o maior partido do governo, se tornaria o mais jovem líder da Itália em 163 anos de história como país unido, mais jovem até mesmo, por meros dois meses, que o ditador fascista Benito Mussolini, quando assumiu o poder em 1922. Mas antes que Renzi possa reclamar seu lugar na história e tentar instaurar o 65º governo italiano desde a Segunda Guerra, deve superar rituais institucionais e muitos conchavos, um processo que deve levar vários dias. (Por Paolo Biondi)