sábado, 15 de fevereiro de 2014

Horário de verão evita gastos de R$405 mi com geração térmica


SÃO PAULO, 14 Fev (Reuters) - O horário de verão, que termina às zero hora do domingo, resultou numa economia de 405 milhões de reais, custo evitado com geração termelétrica e redução de carga nos horários mais demandados no final do dia, informou o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) nesta sexta-feira. O término do horário de verão, que alivia o carregamento das redes de transmissão do país no horário de ponta, ocorre ainda num momento de forte demanda de carga diante das altas temperaturas e enquanto o período úmido ainda não se instalou, afetando o armazenamento de reservatórios das hidrelétricas. Com o fim do horário de verão, volta a ocorrer a coincidência do acionamento da iluminação pública com o início do consumo residencial mais intenso, que se dá quando os trabalhadores, após o trabalho, voltam para casa. "Assim, passa a haver um patamar de carga mais elevado entre 18 e 20 horas, bem maior do que aquele que até o momento vem se verificando. Haverá, portanto, um período adicional de estresse no sistema, que até o momento vem passando por essa situação apenas entre 10 e 12 horas e entre 13 e 17 horas", disse o presidente da Associação Brasileira de Companhias de Energia Elétrica (ABCE), Carlos Ribeiro. Durante o horário de verão houve redução de 2.565 megawatts (MW) de demanda de energia no horário de ponta, que dá maior flexibilidade à operação e manutenção em equipamentos. A economia com geração térmica, para se preservar padrões de segurança do sistema, foi de 125 milhões desde outubro. Além disso, evitou-se o custo adicional de 280 milhões de reais com geração térmica, que teria sido necessária para atender a carga no horário de ponta. Somente na região Sudeste/Centro-Oeste, principal centro de consumo de energia do país, a redução de carga no horário de ponta foi de 1.915 MW. No Sul, a redução foi de 650 MW. "A redução representa aproximadamente 4 por cento da demanda de ponta dos dois subsistemas", afirmou o ONS em nota em seu site. Já a redução de energia no sistema foi de 295 MW médios, equivalentes a 0,5 por cento da carga das regiões envolvidas, dos quais 220 MW correspondem ao subsistema Sudeste/Centro-Oeste e 75 MW ao subsistema Sul. (Por Anna Flávia Rochas) )

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