segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Oposição síria agrega rebeldes a delegação que participa de reunião em Genebra


"Não é aceitável que o regime envie a sua delegação às negociações de paz enquanto mata o seu próprio povo na Síria. Isso precisa parar", disse Louay al-Safi, porta-voz da oposição, à imprensa. O mediador planeja continuar os encontros separados em Genebra nos próximos dias na esperança de melhorar o clima das negociações, programadas para durar uma semana. A delegação do governo sírio cobrou que ele condene uma ofensiva islâmica neste domingo que teria matado 41 pessoas na cidade de Maan, na região central da Síria, disse uma fonte. A população local é composta principalmente por alauítas, seita de Assad. "O fim da violência e o combate ao terrorismo é o primeiro passo que deve ser acordado para abrir caminho para o lançamento do processo político", disse a delegação do governo num documento visto pela Reuters, que, segundo uma fonte, foi entregue a Brahimi nesta segunda-feira. Os combatentes islâmicos, que não estão representados nas negociações, tomaram uma vila na província central de Hama no domingo, parte de um esforço para cortar as rotas de abastecimento de Damasco para o norte do país. O grupo de monitoramento Observatório Sírio de Direitos Humanos afirmou que os islâmicos mataram 25 pessoas na vila de Maan, a maioria deles de uma milícia pró-Assad. O governo disse que os mortos eram principalmente mulheres e crianças e acusaram os combatentes de cometerem um massacre na véspera das negociações em Genebra. A Rússia, principal aliada de Assad no Conselho de Segurança das Nações Unidas, reiterou a sua opinião de que a delegação da oposição não é representativa das forças rebeldes que lutam na Síria. (Reportagem adicional de Dominic Evans, em Beirute, Oliver Holmes, Stephanie Nebehay e Tom Miles, em Genebra, John Irish, em Paris, e Steve Gutterman, em Moscou)

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