sexta-feira, 13 de junho de 2014

Chile começa bem, mas sofre para derrotar a Austrália por 3 a 1

Alexis Sánchez, no momento do gol. / CLIVE MASON (GETTY IMAGES)
Depois de a Espanha levar 5 a 1 da Holanda, um pouco mais cedo, começou-se a especular que o Chile poderia passar como segundo do Grupo B e pegar o Brasil nas oitavas de final da Copa do Mundo. Mas, se quiser conseguir este feito, os chilenos terão que jogar mais do que mostraram na estreia, nesta sexta-feira. Depois de um início arrasador e apesar de atuar praticamente em casa na Arena Pantanal, em Cuiabá, o time sul-americano sofreu para vencer a Austrália por 3 a 1. Time de bom toque de bola, o Chile acabou sucumbindo à força física dos australianos, que no segundo tempo passaram a merecer o empate, tanto que chegaram com perigo ao gol defendido por Cláudio Bravo. Valdivia, que fez o segundo gol, e Vidal, escalado como titular, saíram cansados no segundo tempo no calor da capital do Mato Grosso. Com a vitória, a seleção chilena é segunda do Grupo B, atrás da Holanda. Na quarta-feira, às 16 horas, o Chile pega a Espanha, no estádio do Maracanã, e um empate já será um ótimo resultado. Já a Austrália vai até Porto Alegre para pegar a Holanda, também na quarta, mas às 13 horas. O jogo Tamanha era a presença da torcida chilena na Arena Pantanal que, quando acabou a execução da versão reduzida do Hino Nacional do país, jogadores e torcida continuaram a canção no “gogó”. O momento arrepiou e serviu como um incentivo extra para os chilenos diante de um adversário que, na opinião geral, entrava na Copa como candidato a saco de pancadas. Sabendo da possibilidade golear, o Chile começou a partida pressionando, marcando pressão no campo todo. Os australianos se limitavam a defender e só conseguiram evitar o primeiro gol por 11 minutos. Confira todas as notícias da Copa do Mundo 2014 Jogador do Internacional, Aránguiz recebeu pela direita da área, passou por um marcador, não deixou Mat Ryan chegar e cruzou. A bola acabou sobrando para Sánchez, que bateu com tranquilidade no espaço entre o goleiro e a trave. Dois minutos depois o Chile faria o segundo, em outra boa participação do jogador do Barcelona, que limpou a jogada pela meia direita e achou Valdivia livre na área. O palmeirense dominou e mandou para o fundo das redes, pelo alto. A bola bateu no travessão e entrou. Era o suficiente para a torcida começar a gritar “olé” e ficar a expectativa por uma goleada. A Austrália, aos poucos, porém, começou a se lançar. Tentou um chute de longe, arriscou com Leckie, que fez ótima jogada pela direita e bateu por cima. Aos poucos, o Chile cansou. Aos 34 minutos, Franjic cruzou da direita e encontrou Cahill. Atrás de Gary Medel, ganhou pelo alto e descontou para os australianos. Se havia a expectativa por uma goleada, a vitória parcial de 2 a 1 na saída para o intervalo acabou sendo decepcionante para os chilenos. E a coisa poderia ficar pior se o árbitro Noumandiez Doue, da Costa do Marfim, tivesse marcado pênalti quando Jara puxou Cahill pela camisa na área. Enquanto o Chile queria jogar bonito e não conseguia furar a concentração de australianos postados dentro da área, o rival crescia e chegou a marcar aos 7 minutos, com Cahill, de cabeça, mas o gol foi invalidado, corretamente, por impedimento. Aos 10, Bravo fez milagre em chute rasteiro de Bresciano. No rebote, pegou à queima-roupa. Fora de forma, Vidal saiu para entrar Gutiérrez e o jogo ficou aberto. De um lado, o Chile quase fez com Vargas, mas a zaga da Austrália tirou em cima da linha - a tecnologia da linha do gol provou que a bola não entrou. Na resposta, Bresciano arriscou e mandou para fora. Com 20 minutos, já era possível dizer que a Austrália merecia o empate. Afinal, toda a superioridade dos minutos anteriores havia ficado na história. O segundo tempo era australiano. Só Cahill, que é atacante mas usa a camisa 4, de zagueiro, ganhou duas de cabeça pelo alto, mas mandou por cima. Nos minutos finais, porém, faltou perna para os australianos. Responsável pela correria, Leckie sentiu cãibras e teve que continuar em campo porque o time já havia feito três substituições. No finalzinho, o Chile fez o terceiro, com Bonsejour, que pegou rebote de defesa parcial de Mat Ryan. FICHA TÉCNICA CHILE 3 x 1 AUSTRÁLIA CHILE - Claudio Bravo; Isla, Gary Medel, Gonzalo Jara e Mena; Marcelo Díaz, Aránguiz, Vidal (Gutiérrez) e Valdivia (Bonsejour); Alexis Sánchez e Vargas (Pinilla). Técnico: Jorge Sampaoli. AUSTRÁLIA - Mat Ryan; Franjic (McGowan), Wilkinson, Spiranovic e Davidson; Milligan, Jedinák, Oar (Halloran), Bresciano (Troisi) e Leckie; Tim Cahill. Técnico: Ange Postecoglou. GOLS - Alexis Sánchez, aos 11, Valdivia, aos 13, e Tim Cahill, aos 34 minutos do primeiro tempo; Bonsejour, aos 46 minutos do segundo tempo. CARTÕES AMARELOS - Aránguiz (Chile); Tim Cahill, Milligan e Jedinák (Austrália). ÁRBITRO - Noumandiez Doue (Fifa/Costa do Marfim). RENDA E PÚBLICO - Não disponíveis. LOCAL - Arena Pantanal, em Cuiabá (MT).

Nenhum comentário:

Postar um comentário