sábado, 1 de março de 2014

MARCHINHAS DOS CARNAVAIS DE OUTRORA

Marchinha de Carnaval História A primeira marcha foi a composição de 1899 de Chiquinha Gonzaga, intitulada Ó Abre Alas, feita para o cordão carnavalesco Rosa de Ouro. Um estilo musical importado para o Brasil, descende diretamente das marchas populares portuguesas, partilhando com elas o compasso binário das marchas militares, embora mais acelerado, melodias simples e vivas, e letras picantes, cheias de duplo sentido. Marchas portuguesas faziam grande sucesso no Brasil até 1920, destacando-se Vassourinha, em 1912, e A Baratinha, em 1917.[carece de fontes] Inicialmente calmas e bucólicas, a partir da segunda década do séc XX passaram a ter seu andamento acelerado, devido a influência da música comercial norte-americana da era jazz-bands, tendo como exemplo as marchinhas Eu vi e Zizinha, de 1926, ambas do pianista e compositor José Francisco de Freitas, o Freitinhas.3 A marchinha destinada expressamente ao carnaval brasileiro passou a ser produzida com regularidade no Rio de Janeiro, a partir de composições de 1920 como Pois não de Eduardo Souto e João da Praia4 , Ai amor de Freire Júnior e Ó pé de anjo de Sinhô3 , [carece de fontes] e atingiu o apogeu com intérpretes como Carmen Miranda, Emilinha Borba, Almirante, Mário Reis, Dalva de Oliveira, Silvio Caldas, Jorge Veiga e Blecaute, que interpretavam, ao longo dos meados do século XX, as composições de João de Barro, o Braguinha e Alberto Ribeiro, Noel Rosa, Ary Barroso e Lamartine Babo. O último grande compositor de marchinha foi João Roberto Kelly. As marchinhas de carnaval tiveram seu auge nos anos 30, 40 e 60 Depois delas, muito foi produzido, pouco aproveitado. Dos anos 60 em diante as marchinhas começaram a perder espaço para os sambas-enredo. As escolas de samba, agremiações de grandes sambistas, começavam a ditar quais eram os sucessos. Alguns compositores, como Chico Buarque, se arriscaram a escrever as suas marchinhas. Caetano Veloso também se arriscou, mas flertou com outro gênero, o frevo, que anima em Pernambuco, tal qual as marchinhas no Rio de Janeiro, a festa de carnaval. Mas ficou nisso. Nos anos 80 algumas regravações chegaram a fazer sucesso, como Balancê, de João de Barro e Alberto Ribeiro – talvez a maior dupla de compositores de marchinhas - lançada por Gal Costa em 1980 e Sassaricando, de Luís Antônio, Jota Júnior e Oldemar Magalhães, gravada por Rita Lee para a trilha sonora da novela de mesmo nome; mas era muito pouco para um País que somente em 1952 produziu cerca de 400 músicas de carnaval, a maioria delas marchinhas alegres e divertidas. Marchinhas Famosas Allah-La Ô de Haroldo Lobo e Nássara Apareceu a Margarida A Pipa do Vovô de Manoel Ferreira e Ruth Amaral As Pastorinhas As águas vão rolar Atrás do trio elétrico Aurora de Mário Lago em parceria com Roberto Roberti Avenida Iluminada de Newton Teixeira e Brasinha Bandeira branca Bota camisinha de João Roberto Kelly Cabeleira do Zezé de João Roberto Kelly e Roberto Faissal Cachaça não é água de Carmen Costa e Mirabeu Pinheiro Chiquita Bacana de Braguinha, e Alberto Ribeiro Chuva, Suor e Cerveja Cidade maravilhosa Está chegando a hora Indio quer Apito Haroldo Lobo de e Milton de Oliveira Jardineira de Benedito Lacerda e Humberto Porto (1939) Jura Linda loirinha Linda morena de Lamartine Babo Malmequer de Newton Teixeira e Cristóvão de Alencar Mamãe Eu Quero de Vicente Paiva e Jararaca (1937) Marcha da cueca de Carlos Mendes, Livardo Alves e Sardinho Máscara negra (marcha-rancho) de Zé Keti e Pereira Mattos (1967) Me dá um dinheiro aí de Ivan Ferreira, Homero Ferreira e Glauco Ferreira Mulata iê-iê-iê João Roberto Kelly Ó abre alas de Chiquinha Gonzaga (1899) Ô balancê O teu cabelo não nega mulata" de Lamartine Babo Pirata da Perna de Pau de Braguinha Pó-de-mico Saca rolha Sassassaricando de Luiz Antônio, Zé Mário e Oldemar Magalhães Ta-hí de Joubert de Carvalho (1930) Touradas de Madri de Braguinha Tristeza de Haroldo Lobo e Niltinho Turma do Funil de Braguinha Um pierrô apaixonado Yes, nós temos bananas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário